Um Magma Jurássico Plume Estourou Através da Terra na África Antiga?

Pin
Send
Share
Send

Cerca de 180 milhões de anos atrás, quando os dinossauros ainda vagavam pelo planeta, uma pluma gigante de rocha derretida pode ter perfurado seu caminho através da Terra, derrubando os continentes e incinerando tudo em seu caminho.

Esse é o segredo que pode estar escondido em um conjunto de pedras estranhas de Moçambique. As novas descobertas podem encerrar um debate de longa data sobre o que causou o antigo cataclismo vulcânico…

Em todo o planeta, existem cicatrizes de erupções vulcânicas enormes e mortais como esse desastre do período jurássico. Muitas dessas erupções épicas podem ter sido responsáveis ​​por extinções em massa centenas de milhões de anos atrás. Porém, os geólogos não conseguiram concordar sobre o que causa essas calamidades; os cientistas propuseram duas explicações possíveis e, até agora, nenhuma delas foi comprovada.

Uma possibilidade é que as placas tectônicas fossem simplesmente rasgadas: um continente flutuava para o norte, outro para o sul. Através do corte que se abriu entre eles, houve um grande fluxo de lava que abrasou a terra.

A outra possibilidade é que a lava seja a causa de todo o desastre: uma pluma de magma surgiu do fundo do planeta e explodiu na superfície.

As primeiras evidências dessas pedras de Moçambique apóiam a segunda teoria, de acordo com um novo artigo a ser publicado na edição de dezembro da revista Lithos.

As pedras foram encontradas em uma região formada a partir do antigo fluxo de lava, que rolou sobre a África e a Antártica nos dias atuais, quando as duas massas terrestres faziam parte do supercontinente Pangea. Chama-se província de magma do Karoo. Grande parte da rocha naquela área se formou durante a erupção do Jurássico, disseram os pesquisadores. Mas essas pedras, conhecidas como picrites de Luenha, podem ser as primeiras descobertas que vêm da própria pluma de ressurgência.

O novo estudo analisou afloramentos de picritos do Karoo em Moçambique. Uma análise química dessas rochas sugere que elas não foram contaminadas pela crosta terrestre e, portanto, devem ter vindo do manto do planeta. (Crédito da imagem: Arto Luttinen)

Uma análise química das picrites encontrou assinaturas (baixos níveis de dióxido de titânio, por exemplo), sugerindo que elas não são contaminadas por elementos da crosta terrestre, escreveram os pesquisadores. Isso sugere que eles vêm das profundezas do planeta, dentro do manto, onde as plumas se originam.

No entanto, nem toda a rocha vulcânica nesta região é proveniente da pluma de manto. "É muito importante perceber que em sistemas vulcânicos enormes e complexos, como a província de Karoo, grandes quantidades de magmas podem ser produzidas a partir de várias fontes de magma". Daúd Jamal, pesquisador da Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique e co-autor do artigo, disse em comunicado.

Assim, mesmo que uma pluma causasse essa erupção, a maior parte do magma teria vindo da superfície, escreveram os pesquisadores. Isso faz da rocha formada a partir da pluma um achado raro e valioso.

"Até onde sabemos, os picritos de Luenha são as primeiras amostras de lava que podem se originar da fonte da pluma", disse Sanni Turunen, principal autor e estudante de doutorado da Universidade de Helsinque.

Eles escreveram muito mais estudos antes que alguém pudesse confirmar que os picritos faziam parte de uma pluma de magma, escreveram os pesquisadores. Mas a análise inicial é empolgante e motivo para voltar para mais.

Pin
Send
Share
Send