O que há de mais recente em Marte: o leito do rio seco pode ter caído em um oceano antigo

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Quando se trata de Marte, o tema principal do estudo é a água - um pré-requisito para a vida.

Embora a água líquida atualmente não seja estável na superfície de Marte, há extensas evidências de que ela pode ter ocorrido no passado. Os astrônomos descobriram leitos secos de rios, deltas de lagos e evidências de geleiras generalizadas - para citar apenas alguns exemplos.

No entanto, é difícil encontrar evidências de um grande corpo de água em pé, como um oceano. Os primeiros modelos climáticos lutam para criar circunstâncias sob as quais a água líquida seria estável. No entanto, há muito que um oceano que atravessa as planícies do norte (aproximadamente um terço do planeta).

Os cientistas da Caltech podem agora confirmar essa esperança de longa data em encontrar evidências recentes de um vasto oceano marciano.

A região sob investigação é conhecida como Aeolis Dorsa - uma planície localizada na fronteira entre as planícies do norte e as terras altas do sul. Esta planície contém muitos cumes, que são interpretados como canais de rios antigos.

"Esses canais 'invertidos' agora estão elevados porque a areia grossa e o cascalho transportados pelos canais são mais resistentes à erosão do que a lama e o lodo ao redor que compõem o material da planície de inundação", disse ao Space Roman DiBiase, principal autor do estudo. Revista.

As imagens de satélite de Aeolis Dorsa foram coletadas usando a câmera HiRISE a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter. A resolução era tão precisa que os cientistas conseguiam distinguir características de até 25 centímetros - um feito impressionante, mesmo quando comparado às imagens da Terra.

Em certos locais, "as repetidas fotos tiradas com um pequeno deslocamento permitem a criação de imagens estéreo a partir das quais podemos determinar as elevações relativas dos recursos na superfície do planeta", explica DiBiase. Essa técnica impressionante levou a modelos topográficos de alta resolução, permitindo à equipe analisar a geometria e os padrões desses canais invertidos com detalhes sem precedentes.

Os canais não apenas se espalham no final, mas também se inclinam abruptamente para baixo, formando um delta - um depósito sedimentar que se forma onde os rios fluem para lagos ou oceanos.

Embora os deltas tenham sido identificados em Marte antes, todos estão dentro de limites topográficos distintos, como uma cratera de impacto. Essa é a evidência mais convincente para um delta que leva a uma região não confinada - um oceano.

A prova final de um oceano marciano avançará nosso conhecimento da complexa interação entre água, clima e vida. "A história da água em Marte tem implicações não apenas para a evolução do clima marciano, mas também para aprender sobre a evolução inicial do clima da Terra e da Terra", explica DiBiase.

Como sempre, mais pesquisas são necessárias. Talvez em um futuro próximo o Mars Reconnaissance Orbiter e o Curiosity se complementem bastante bem - o orbitador tirando imagens de cima enquanto o Curiosity brinca na terra, coletando amostras no leito do rio.

O estudo foi publicado no Journal of Geophysical Research e pode ser encontrado aqui.

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