A NASA está preparando tecnologia para uso em sua missão rover Mars 2020, que aterrará no Planeta Vermelho em fevereiro de 2021 - e está quebrando recordes mundiais ao longo do caminho.
A aterrissagem em Marte é notoriamente desafiadora por causa da fina atmosfera do planeta, o que dificulta a desaceleração de uma espaçonave o suficiente para pousar suavemente em sua superfície. Para pousar seu veículo espacial mais pesado em Marte, a NASA teve que redesenhar um projeto existente de paraquedas - o mesmo que protegia o veículo Curiosity - com materiais ainda mais fortes, incluindo o Kevlar tradicionalmente encontrado em coletes à prova de balas. [Missão Mars Rover 2020 da NASA em imagens]
A agência realizou seu teste final de seu novo pára-quedas em setembro, como parte do projeto ASPIRE (Advanced Supersonic Parachute Inflation Research Experiment). Os resultados estão chegando e o paraquedas foi aprovado para o lançamento de 2020.
"Como todas as nossas missões anteriores em Marte, temos apenas um para-quedas e ele tem que funcionar", disse John McNamee, gerente de projetos do Mars 2020 no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, em comunicado. "Os testes da ASPIRE mostraram em detalhes notáveis como o nosso pára-quedas reagirá quando for implantado em um fluxo supersônico bem acima de Marte. E deixe-me dizer, está lindo."
No mês passado, o paraquedas de 180 quilos, além de uma câmera projetada para vê-lo ser lançado, foi lançado em um foguete da Wallops Flight Facility da NASA, na Virgínia. O foguete levou-o a cerca de 23 milhas (37 quilômetros) acima da superfície da Terra, onde a densidade da atmosfera é tão densa quanto 10 km acima da superfície de Marte, a altura em que o paraquedas Mars 2020 deve ser implantado.
Durante o teste, o paraquedas foi implantado completamente em apenas quatro décimos de segundo, a inflação mais rápida de um pára-quedas tão grande, segundo a NASA. Isso marcará o fim dos testes de pára-quedas, mas não o fim dos preparativos para o Mars 2020.
"Estamos empenhados em ajudar 2020 a aterrissar em 28 meses", disse Ian Clark, líder técnico do JPL no teste. "Talvez eu não consiga disparar foguetes até o limite do espaço por um tempo, mas quando se trata de Marte - e quando se trata de chegar lá e descer lá com segurança - sempre há desafios interessantes para se trabalhar por aqui".