No verão passado, um russo passeava pela margem do rio Tirekhtyakh, na Yakutia, quando viu uma cena horrenda: a cabeça decepada de um lobo antigo. A cabeça tinha sido bem preservada pelo permafrost e ainda exibia uma cabeça cheia de cabelos e presas afiadas.
O homem, Pavel Efimov, entregou a cabeça aos cientistas, que a dataram há mais de 40.000 anos, ou o fim da época do Pleistoceno, segundo o The Siberian Times. A análise deles também revelou que o lobo estava totalmente crescido e tinha entre 2 e 4 anos quando morreu.
A cabeça decepada tem 40 cm de comprimento. Isso é cerca da metade do tamanho do corpo de um lobo moderno, que pode variar de 26 polegadas (66 cm) a 34 polegadas (86 cm) de comprimento, de acordo com o The Siberian Times.
Estes são os primeiros restos encontrados de um lobo bem preservado e totalmente crescido do Pleistoceno, segundo o Times. Mas as pessoas já haviam encontrado outros restos de lobos antigos, como um filhote de lobo mumificado que viveu mais de 50.000 anos atrás no Canadá. Em 2015, os cientistas analisaram a divisão evolutiva entre cães e lobos usando o DNA de uma costela de lobo de 35.000 anos descoberta na Sibéria, informou a Live Science.
Agora, os cientistas do Museu Sueco de História Natural examinarão o DNA da recém-descoberta cabeça de lobo e compararão as informações genéticas às dos lobos modernos, informou o The Siberian Times. A cabeça do lobo foi exibida em Tóquio, como parte de uma exposição sobre mamutes e outras criaturas congeladas.