Ondas de plasma estão cozinhando elétrons no escudo magnético da Terra

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O espaço é quente - ou, pelo menos, mais quente do que deveria ser. Em todo o universo, inclusive em nosso próprio sistema solar, os astrônomos descobriram que os lugares quase vazios entre as estrelas e galáxias e outras matérias contêm mais calor do que o conhecimento existente pode explicar completamente.

Então, o que está cozinhando o vazio?

Um novo estudo realizado no espaço pode oferecer uma resposta: ondas de plasma batendo em elétrons.

Esses lugares quase vazios em nosso sistema solar têm algumas coisas neles. Há vento solar, que consiste em finas correntes de partículas carregadas, como elétrons, movendo-se a velocidades altíssimas para longe do sol. E há plasma solto, uma forma de matéria amplamente distribuída por todo o universo e que geralmente existe em um estado caótico e "turbulento".

Os cientistas observaram esses elétrons no vento solar absorvendo a energia das ondas eletromagnéticas passando através dos plasmas turbulentos da bainha magnética da Terra. Uma vez absorvida, a energia se transformou em calor. A bainha magnética é a região onde os campos eletromagnéticos da Terra encontram mais diretamente o vento solar.

Foi um efeito que os pesquisadores já haviam observado antes em situações menos complexas da Terra, mas nunca na turbulência caótica da órbita da Terra.

Os pesquisadores descobriram o efeito nos dados da Missão Magnetospheric Multiescale. Esse projeto inclui quatro naves espaciais robóticas que orbitam a Terra e medem como o campo eletromagnético do nosso planeta interage com o sol.

Em dados desse ambiente extremo, os pesquisadores conseguiram descobrir como a energia das ondas eletromagnéticas que passam pelo plasma se transformam em calor nos elétrons. Foi um efeito nunca antes visto nesse tipo de cenário caótico e natural. Para que o efeito funcionasse, os elétrons e as ondas precisavam se mover em velocidades semelhantes.

"O campo elétrico associado às ondas que se deslocam através do plasma pode acelerar os elétrons se movendo com a velocidade certa junto com a onda, análoga a um surfista pegando uma onda", disse o co-pesquisador Greg Howes, da Universidade de Iowa, em comunicado. . (Adicionar energia aos elétrons faz com que eles se aqueçam.)

Os pesquisadores disseram que seus resultados, publicados hoje (14 de fevereiro) na revista Nature Communications, poderiam ajudar a explicar a temperatura estranhamente alta do universo. E seus métodos, disseram eles, apontam o caminho para estudos mais detalhados de como a energia se move através dos plasmas no espaço.

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