Estas novas espécies de bagres são os peixes mais feios de todos os tempos ou são super adoráveis

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Com focinhos cobertos por tentáculos, espinhos semelhantes a garras que se projetam de suas cabeças e corpos cobertos de armaduras, esses bagres recém-descobertos parecem mais míticos do que reais.

Os cientistas descobriram seis espécies desse peixe assustador e fofo, chamado peixe-gato-bravo (no gênero Ancistrus), nos rios da Amazônia, relataram os pesquisadores na revista Zootaxa quarta-feira (12 de fevereiro).

"Eles são guerreiros, são super-heróis de peixes", disse o autor principal, Lesley de Souza, cientista da conservação e ictiólogo do Field Museum de Chicago, em comunicado.

Na verdade, os tentáculos estão presentes apenas nos homens e funcionam como uma espécie de sinal de "escolha-me, eu seria um bom pai". Os machos também guardam os ninhos e garantem que os predadores não sequestrem seus bebês.

"A idéia é que, quando uma fêmea vê um macho com esses tentáculos, ela se parece com ovos", disse Souza no comunicado. "Isso significa para ela que ele é um bom pai, capaz de produzir filhos e protegê-los." De fato, uma das novas espécies é chamada Ancistrus patronus, significando "protetor", em reconhecimento aos cuidados que os machos fornecem à sua prole.

De Souza e sua equipe descobriram o peixe-gato no nordeste da América do Sul em partes da Venezuela, Colômbia e Guiana, que formam uma região geográfica chamada Escudo da Guiana, segundo o comunicado. Mas, como muitas outras espécies em todo o mundo, o peixe-gato enfrenta algumas ameaças à sua sobrevivência.

Ancistrus patronus ou "protetor" foi uma das seis novas espécies de bagres descobertos na Amazônia. (Crédito da imagem: Jonathan Armbruster)

As criaturas são muito sensíveis a pequenas mudanças em seu ambiente. Portanto, em alguns dos rios e córregos de águas claras onde antes eram abundantes, eles agora são escassos, segundo o comunicado. As ameaças à sua saúde e números incluem agricultura em larga escala, desmatamento e mineração de ouro - os últimos podem mudar o habitat dos peixes e envenená-los com mercúrio.

O desaparecimento ou redução da população de uma espécie, é claro, pode afetar outras. As ariranhas, por exemplo, comem esses peixes o tempo todo, de acordo com o comunicado. "Todas as camadas da bacia amazônica estão interconectadas, dos rios ao dossel da floresta", disse Souza. "Tudo começa com o nome de uma espécie e a determinação de quantas espécies você tem. Depois de ter taxonômico, você poderá estudar o comportamento da ecologia e realizar ações de conservação".

Algumas das outras novas espécies incluem UMA. yutajae, nomeado para um casal de amantes cruzados de estrelas em uma lenda amazônica; A. Saudades, significando melancolia em português; e A. leoni, em homenagem a um colega falecido dos pesquisadores.

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